Oct 12, 2007

Exemplo

Na etiqueta chinesa, conforme li em um desses sites da vida, há uma tradição que determina que cada um mantenha a xícara do próximo cheia de chá. Isto faz com que as pessoas, além de praticar o cuidar, também treinem o hábito de olhar de vez em quando para o ambiente e para o outro, ao invés de manter a atenção exclusivamente em si. Além disto, acredito que esta atitude demonstre o empenho em ver o outro bem, já que os chás descobertos e produzidos na China geralmente evitam e tratam variados problemas de saúde. Olhem só, que lição esses baixinhos de olhinhos puxados nossos ensinam com pequeninos hábitos.

Observar o próximo, e suas respectivas atitudes é um habito nosso do dia-a-dia. O problema, é que aprendemos a olhar pro lado apenas para examinar qual chá está em maior quantidade, mais limpo, mais gostoso... Não para ver se o próximo precisa de mais ou se o chá está na temperatura que o agrade. Precisamos repensar, em quais são as intenções dos nossos corações ao olhar para o outro.

Mas, o que mais tem me incomodado ultimamente, é a indiferença, insensibilidade e incompreensão, e quantos "in" forem necessários, com que olhamos para a xícara do próximo (isso quando ainda nos damos o trabalho de olhar). A preocupação com nosso próprio bem-estar tem nos bastado, não queremos saber de onde vem nem pra onde vai, não queremos mais conhecer suas histórias, simplesmente passamos por pessoas como seres invisíveis que não necessitam das nossas palavras, compreensão e carinho. Quando não somos tão frios assim, somos um pouco pior, fingindo nos preocupar com o chá que ainda resta dos nossos colegas, quando na verdade, nossas preocupações escondem nossos próprios interesses. Nem para os laços mais fortes, nem para os mais necessitados estamos nos dando o trabalho de servir.

Nossos mestres, educadores, pais, formados em sua grande maioria por cristãos ocidentais, estão totalmente distante do que ensina nosso grande exemplo Jesus Cristo em seu livro. Não mantivemos quase nada do que Ele deixou para nós como exemplo vivo e verdadeiro. Nem mesmo como intensos conhecedores da figura de Deus (que desceu a terra justamente para nos ensinar coisas como estas) somos capazes de absorver os seus simples e funcionais ensinamentos. Envergonho-me frente à cultura oriental, que se utilizam bem menos de hábitos cristãos e que estão longe de ficar egocêntricos como nós.

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