Oct 13, 2007

Eu

Hoje estou para escrever sobre a capacidade que temos (eu em especial) de adaptar-se ao mundo, sistemas, ordens, leis, situações, pessoas. Como Marx falou há anos, o homem é produto do meio, isso faz de nós seres abertos às experiências, alguns mais predispostos, outros menos. Bem, isso daria um livro, mas como não sou uma estudiosa do assunto, não vou me prolongar. O que na verdade eu gostaria de registrar, é que algumas vezes na minha vida, passo por espécies de “estalos”, onde eu acordo e percebo que estava desconectada a quem eu de fato sou. Não sei se isso é muito normal ou muito estranho, nunca conversei isso com alguém. Geralmente, estes “estalos” acontecem quando me encontro fazendo coisas que, eu não faria se não estivesse sendo levada por um mar de influências. Não falo de atitudes ruins ou boas, falo apenas atitudes. Nestes momentos, me sinto uma cópia das pessoas que sempre critiquei.

O homem é um produto do meio, é verdade, mas somos o principal agente da nossa transformação. E o que me frustra, é que tenho inúmeras oportunidades de mudar e seguir pelo caminho que eu acredito de fato, lá no meu interior. Por preguiça, fraqueza, desinteresse, conceitos evasivos? Não sei. Mas ainda resta lá no fundo, uma esperança que um dia passarei a ser, quem verdadeiramente sou.

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