Jan 27, 2009

Sim, eu caí.

Seriam muitos motivos pra eu rir ou meu modo de ver a vida me faz rir?

Não, não estou apaixonada, não, não venho recebendo muitos sim, sim, eu devo em todo lugar, sim, eu cai de bicicleta hoje. Sim, essa é a parte boa do dia.

Inventei uma nova mania. Ir de bike pro trabalho. 10 km todos os dias, música boa no ouvido, mochila nas costas e força nas coxas. Super divertido. E hoje, a vida resolveu comemorar minha primeira semana de superação.

Era umas 6h50 da manhã, quando eu me vi 'estatelada' no meio fio de uma avenida perto da minha casa. Corrente caída, fone de ouvido quebrado enrolado na roda traseira, marcha desregulada, e nem um bom samaritano pra parar e ajudar. Importante: a chuva era constante (os pingos de chuva dessa cidade são gigantes) ou seja, eu já estava encharcada, a areia aqui é vermelha, ou seja, eu estava toda em tons avermelhados (pra não dizer completamente vermelha) e a graxa, como em todo lugar, é preta e mancha, ou seja, manicure já!.

E o que fiz? De coração, eu ri. Prometo que em nenhum momento veio raiva, angústia, frustração ou qualquer sentimento que fosse possível num momento como este. A única coisa que fiz foi ri. Ri da vida, da bobeira, da cena, da minha invenção. Sozinha, na grama, eu e minha vida, eu e minha novela, eu e minha alegria. Pois bem, mesmo estando mais perto de casa do que longe, não quis voltar e parar a brincadeira, quis continuar. E continuei, entre trancos e barrancos, apenas rindo.

Conclui rapidamente que a vida é assim, cheia de quedas. Uma traição, um rancor, uma incompreensão, um desamor. Caio o tempo todo. E apesar de buscar sempre a postura menos propicia a queda, se não cair, não sentirei, se não sentirei não saberei, se não saberei, é porque não aprendi, se não aprendi é porque não caí.

Eu ri, porque sabia que a queda faria parte da brincadeira, ri porque se há estrada, há queda, ri porque sem queda não tenho história.


Sim, eu caí.

Jan 25, 2009

Perdão

Capuccino ao lado, chuva do céu, silêncio da casa e apenas o sons dos carros na estrada. A cor verde da janela, a bagunça dos lençois, o balanço das pernas e o agito do coração.

É tão bom estar com Deus. Tudo ganha significado, sentido. A alegria é plena e real.

Saber que compartilho a alegria de Deus é tudo. Aprendo muito todo dia, every day! Cada manhã, com cada acontecimento.

Aprendi a gostar de ler assim, por mim mesma. Minha casa sempre esteve cheia de conhecimentos, sabedorias, mentes brilhantes, mas tudo assim, de forma descomprometida com os livros comuns, só apegados ao livro da vida. O que me fez diferente demais.

E ultimamente, eles têm sido grandes mestres meus. Ri sozinha enquanto lia Profissão Solteira de Claudia Aldana, ganho pelo Pedro de Natal neste ano, onde me indentifiquei com a intensa busca em achar alguém realmente a altura. Agora abro minha cabeça e coração com Ouvindo Deus na Tormenta de Max Lucado, ganho pelo George em 2003, e nunca lido por completo. Um retorno e A lida no momento perfeito. Uma poesia. Coração amadurecido e sedento por exatamente tudo que tenho lido. Entender sobre a simples morte, sobre o Ser Espirito Santo, Santidade, Poder de Deus e finalmente sobre o perdãaaaaaao (isso não podia faltar).

E esta última dos entendidos, foi o que mais mexeu. Me fez chorar, me questionar, questioná-lO, não dormir. Dias e noites rolando e sonhando. Por que perdoar? Deus me massacrou. "Eu sou o Deus da Graça, que por muitas e muitas vezes te perdoa. Por que não perdoar?". Li sobre o perdão voltando do trabalho, a pé. Lendo e andando, envolvida chorei. Jesus lavou os pés dos seus discipulos, mesmo sabendo que no outro dia seria traído, negado. Jesus lavou os pés dos seus discípulos, sendo Ele limpo. Ele lavou a parte mais suja do ser humano. Ninguém, nenhum dos discipulos estaria por perto na hora da crucificação.

"Não lhes lave os pés Jesus. Mande-lhes que lavem os teus.(...)
Pare e pense um instante. Não temos pessoas como os díscipulos em nosso mundo?
Pessoas de duas caras, quebradores de promessas. Amigos de tempo bom. O que disseram e o que fizeram - duas coisas diferentes. Ah, talvez não o tenham deixado sozinho na cruz, mas talvez tenham deixado sozinho com as contas...com suas perguntas, com sua doença.
Ou talvez simplesmente, tenha sobrado no altar, ou no frio, arcando com as consequências.
Votos esquecidos. Contratos abandonados.
A lógica diz: Cerre os punhos!
Jesus diz: Encha a bacia.
A lógica diz: Esmurre o nariz dela!
Jesus diz: Lave-lhes os pés.
A lógica diz: Ela não merece isso
Jesus diz: Isso mesmo, mas você também não."


Perdoar é uma das formas mais lindas de nos demonstrarmos pequenos Cristos.

Sabedorias

Volto aqui pra escrever da vida. Saudades de estar por aqui. Poucos lêem, poucas vezes volto. Mas é bom ter algo de você em algum lugar. É bom estar em lugares próximo mesmo em lugares distantes.

Continuo na montanha russa da vida, compartilhando de constantes alegrias e tristezas. Aprendendo a aprender. Pois é, aprende-se isso sim. Sempre fui na base do tapa. Aprendo apanhando. Se não viver, não aprendi. Não adiantam muitos conselhos, da verdade eu já sei. E foi exatamente essa vivência que eu pedi a Deus. Me ensina. Não quero me entristecer ou me alegrar com as experiências dos outros, quero sentir correr nas minhas veias, a dor do arrependimento e a vibração do gozo pleno. Eu queria viver.

E assim vivi.

E hoje, voltei a estaca zero. Entendi que sabedoria é aprender uruburservando! É! Isso mesmo, o bom sábio aprende observando. E venho agindo assim. Não quero mais me jogar em tudo. Abrir o coração simplesmente, ou ir ao outro extremo agindo com a razão. Quero o equilibrio de Deus, a segurança e a tranquilidade, que só Ele pode me proporcionar em meio ao mundo selvagem que vivo.

Como diz o George, Deus me deu massa cinzenta e coração não foi a toa. Deus sabia. Usá-los como parceiros e não como opostos.

Valeu George, por mais essa lição compartilhada. O que seria de mim sem meus amigos inteligentes?