Jul 1, 2009

Tenho aproveitado muito esse tempo de seca.

Seca no sentido de escassez. Não de homens, mas de homens que prestam. Tem homem transbordando pelas tampas. Tem homem feio, bonito, rico, podre, roqueiro, mauricinho, pagodeiro, careta. Tem de tudo na minha lista ultrapassada de brotos e possíveis brotos. Mas observando essa lista assumo: daqui sinceramente não salva nenhum. Acho que tenho problemas. (Até porque, se vejo que o cara é muito legal e vale a pena ter ao lado, puxo pelo braço, trago ele pra perto e viro amiga. Quero ele do meu lado pra sempre. Tem coisa melhor que a amizade? Se bem que já to achando que tenho que parar com essa mania).

Fico me analisando e pensando, será que o problema está em mim? Sei que o comportamento das pessoas a nossa volta são reflexos do nosso, como já diria alguma teoria da psicologia que aprendi enquanto estudava jornalismo, ainda nos primeiros semestres. Então, logo atento que algum problema de fato existe em mim.

No final de semana na fazenda da minha amiga, láaaa pros lado de Uberaba-MG, me deparei com A Viagem. Posso obviamente está equivocada, como muitos já fizeram questão de dizer, mas esta questão não sai da minha cabeça.

Olhem só, superficialmente quem soy jo. 24 anos, estudante, mora de aluguel, veio lá da esquina do Brasil, não é daqui e nem sabe se veio pra ficar. É desligada, trabalha pra caramba, ta toda ai pra vida, não ta nem ai pra quem não liga, não corre atrás nem de borboleta avalie de homem, aceita viajar, ir embora, quer morar em outro país. É só arrumar a mala e sair. Não tenho carro nem prestação. Não tenho turma inseparável de faculdade, nem amigos de balada. Pra onde eu for, meus amigos e família vão comigo no coração. Só tenho isto e minha história.

Isto é superficialmente, fato! Quero sim minha casa, meu carro, uma raiz. Mas não é cedo? Que tal apenas uma poupança como fiz? Guardo dinheiro e ponto. Não preciso revender se for embora e é só doar se não quiser mais. É simples. Mas isto espelha minha interna inquietação.

E o que isto acarreta?

Quem ficaria com alguém assim levanta o braço? Ta bom, podem baixar (rs). A verdade é, todos temos esta inquietude e talvez até admiremos isto em nós. Você pode até pensar: putz, que bacana, que coragem, ela é jovem, vive a verdadeira FREEDOM. Mas, ao pensar em estar com alguém assim, a coisa muda de figura. Na prática, essa teorias se transformam em: ‘Vai que eu me apaixono.’ ;‘Vai que ela vai embora.’;‘Ela ta aqui por pouco tempo, veio pra curtir.’ ; ‘Ela só quer saber de festa.’; ‘A vida dela é uma diversão, quero me divertir também.’...e por aí vai. To falando isso baseada no que já tive que ouvir. Isso é muito sério. Até conseguir explicar que focinho de porco não é tomada...iiiiih, já pediram pra sair.

Minha dúvida é, decido pela estabilidade e vivo essa segurança em nome do ‘amor’, ou continuo nessa minha juventude desprendida, em respeito a minha inquietude?

Boa pergunta.

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