Apr 2, 2007

Mulher de Sempre

Descobri que o Mau tem outra, o que é muito cômico e trágico ao mesmo tempo. Não fiz a mínima questão de levar essa história pra frente, não estou no mundo pra ser apenas feliz, e entendo que esses momentos nos ensinam muito sobre a pobreza, a fraqueza, a variabilidade, a indecência do homem, não só atual. Mas o homem de sempre. O que nos conta nossas mães, nossas avós sobre seus companheiros? Absurdos como esse sempre aconteceu, e as mulheres, aceitando continuar ou não, sempre foram fortes, racionais e sensíveis ao mesmo tempo em todas as suas decisões. Pensando na estabilidade financeira, nos filhos, na sua reputação. Seja no século passado, seja hoje. "A mulher nunca foi uma coitadinha." argumenta Lya Luft na coluna Ponto de Vista da revista Veja de alguma semana do mês de março, quando afirmava justamente, que somos autoritárias, opinamos com braveza, tomamos decisões importantes desde sempre. Admiro as de antigamente (leia avós), muitas, seguraram as pontas pra formar filhos felizes, inúmeras não desceram do salto até o último suspiro (isso chama-se garra x amor). Admiro mais ainda a minha avó, que viveu muitos anos ao lado de seu judas, e num momento oportuno, deu o seu adeus. É, a mulher foi forte. A mulher renunciou seu passado em busca da sua satisfação pessoal. Hoje os tempos mudaram, é verdade. Há vinte anos atrás, talvez jamais ela tomaria essa decisão, mas também, meu avó jamais a deixaria partir sem dar satisfação.

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